quinta-feira, 20 de junho de 2013

Abaixo a Violência!

Buscando o ótimo, se perde o bom...
A democracia é o bom! Nunca se chegou a forma de governo melhor. A eleição que espera adiante o governo o estimula a não errar.
Mas, a democracia tem seus defeitos e seus pontos fracos. Defeito: a dificuldade de preservar direitos que não são para ser votados: os dos sem voto, como as crianças, os estrangeiros, os presos. E também dos de poucos votos, as minorias. Ponto fraco: facilmente vira demagogia, o regime em que se compra o apoio da maioria.
Como combater a demagogia sem ferir a democracia? A Imprensa livre permitiria denunciá-la. Mas a primeira a ser corrompida pela demagogia é a Imprensa. Resta, então, a saída que vemos hoje, as manifestações de rua. Para ser ouvido, quem não conta com outro recurso, sai à rua para chamar a atenção perturbando a ordem.
Minorias vilipendiadas mostram, assim, que são multidão. Isto fere o direito de ir e vir. Atrasa o sono dos trabalhadores. Mas, mostra que a democracia cambaleia. Acorda o lado sadio da Imprensa. Ameaça os políticos com o fantasma da derrota eleitoral.
Há um perigo maior, entretanto, na desordem. Eu o vi num cartaz em que uma moça dizia à maioria inerte: “Enquanto você não acorda, nós lutamos por você!”
O perigo está naqueles que aguardam que a anarquia tome o lugar da democracia, para poderem implantar a ditadura que ninguém mais quer! Todo povo tem seus Hítleres, seus Mussolinis, seus Lênines. Regimes autoritários continuam a se instalar a todo momento pelo mundo a fora na cauda de movimentos libertários. Atrás de cada coquetel Molotov e de cada cassetete erguido se esconde esse terrível inimigo.
Que fazer? Se a única maneira de enfrentar os políticos fracassados que aliciam seus alunos para transformar manifestações pacíficas em conflitos com a polícia é ficar em casa, assim seja!
Mas, e, se nos unirmos em torna de uma única bandeira nas próximas passeatas - a do combate à violência? Foi ela que fez crescer as passeatas da meia dúzia que contestava vinte centavos nas passagens de ônibus. Gritemos contra a violência da polícia, a violência dos ladrões de todos os tipos, a violência da imprensa dirigida e, afinal, a violência promovida nas manifestações populares pelos nossos políticos alternativos!
Só que é ilusório supor que se possa debelar a violência. Quem poderá conter os extremistas infiltrados nas turbas? Ou deter os que aproveitam para angariar votos com novas leis demagógicas?
Não obstante, isto não torna menos legítima a mobilização contra a violência. Já que é mesmo isto que queremos combater. O que as ruas estão dizendo é que não aguentamos mais ser agredidos pelo excesso de governo tanto quanto pelos excessos dos governos.
Há um denominador comum a todas as reivindicações seja das minorias seja da maioria dos brasileiros: a aspiração por menos políticos, menos impostos e menos leis. Isto é, POR MENOS GOVERNO! 

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