segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Cristãos de Direita?

Quando bispos criam partidos políticos e se orgulham de influenciar presidentes que se anunciam como representantes de Deus, duvido da sua fé. 

Quando o Espírito do Amor de Jesus está vivo em seu coração, você se percebe como um pequeno membro de uma humanidade claudicante, carregada nos braços do Pai de Todos. Uma humanidade com um destino conjunto. Então, as suas decisões particulares levam em conta os pensamentos e interesses de todos os homens. A atenção ao Pai resulta em atenção aos que Ele ama e provoca o crescimento em quem o oferece do sentimento de pertencimento e solidariedade. 

Constitui-se desse modo a moderação como a virtude cardial do cristão na política. A moderação é a atenção à variada vontade dos outros em torno de nós, a disposição de apoiar os que têm menos força para sobreviver. Por isso, ela é um sinal da presença de Deus no coração do homem. Líderes autoritários não são cristãos. 

A paz sai do interior do homem para sua vida política e social, porque a alegria de estar com Jesus resulta em aceitar o outro. Por hospedar o amor, o cristão não reage extremadamente a atitudes extremas de quem quer que seja, mas, ao contrário, reconhece o valor de todas as manifestações da vontade, do sentimento e da inteligência humana. 

O representante cristão na democracia não defende o interesse de uma parcela da sociedade, mesmo de uma parcela que se identifique como seguidora de uma religião. Pelo contrário, busca o bem de todos. E procura contribuir para que esta seja também a vontade da maioria e dos governantes por ela eleitos. À opção de representar um grupo superior, o grupo dos bons, prefere a opção de seguir Jesus, que ama bons e maus.