quarta-feira, 17 de outubro de 2018

O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!

Neste segundo turno da eleição presidencial brasileira, a escolha para o cristão é muito simples. Para o cristão, é muito fácil identificar o pior dos dois candidatos. É aquele candidato que toma como bandeira a palavra de Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”! Porque, enquanto a verdade a que Cristo se refere é Ele mesmo, o Amor, que conduz à justiça e à moderação, esse candidato, que se faz a si mesmo o dono da verdade, oferece exceção de ilicitude a quem mate em nome das “pessoas de bem”. Nesta eleição, o Mal está presente, sem dúvida, dos dois lados, na corrupção dos políticos que a Justiça vem condenando. Mas, está redobrado na candidatura que diz que há corrupção porque há defesa dos direitos humanos, que se aliou a líderes religiosos que assentam sua liderança na divisão das pessoas entre os bons (os que temem a Deus e lhes vêm pagar o dízimo) e os maus (os outros), que usa em sua campanha uma rede de profissionais em serviços de informação especialistas em espalhar calúnias. Isto aconteceu na Alemanha no século XX e está acontecendo de novo em um número crescente de países. Os cristãos, hoje no Brasil, são poucos e devem estar preparados para, como Dietrich Bonhoeffer, Edith Stein, Maximiliano Kolbe e muitos mais ontem na Europa, morrer nas mãos dos fariseus de sempre.

domingo, 7 de outubro de 2018

Governo fraco pode significar Povo forte. Ou não.


É hora de aceitar com resignação e amor mais quatro anos de atraso. E esperar que as limitações intelectuais e vulnerabilidades morais do presidente eleito não o impeçam de levar seu mandato até o fim.

Marina conseguiu dar divulgação a alguns projetos simples: o da energia solar, o dos cientistas estrangeiros, bolsas de estudos no ensino médio, limites à reeleição! Quem vencer poderá aproveitá-las. E temos de festejar porque, apesar de tudo, com mais uma rodada de eleições  a prática do debate de ideias sempre ganha algum espaço. 

Junto com a gente, foi derrotado o Establishment. A Imprensa teve sua pretensão de isenção ridicularizada pela ausência no grande debate do candidato que ao mesmo tempo fazia campanha sozinho no canal que o apoiava. Os grandes partidos começaram a derreter quando, não contentes com o gigantesco fundo eleitoral que se deram, ainda foram brigar pelo quinhão do Centrão. O Judiciário foi derrotado pela tentação do poder: em vez de admitir a inconstitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, preferiu valer-se dela e acabou transformando um símbolo da corrupção mais vergonhosa em símbolo de resistência democrática. 

A vitória nas urnas geralmente premia a mais torpe campanha. Mas, costuma poder ser associada ao apoio de algum setor importante da sociedade. Desta vez, ao contrário, só se vê rejeição aos vencedores. O Brasil terá um presidente espantosamente fraco. É preciso que os sensatos se unam para evitar o pior. A Imprensa, o Supremo, os políticos de tradição, estonteados pela derrota nas urnas, poderão, como meio século atrás, ceder à tentação do “endurecimento do regime para restaurar a ordem”. 

A democracia é frágil e, com frequência, o governo cai nas mãos de malfeitores. Mas, mesmo frágil, a própria democracia acabará por derrotá-los. Ainda que não estejamos mais aqui para comemorar. O primeiro dever dos democratas é pugnar por eleições mais limpas, mesmo que nunca o tenham sido nem nunca o venham a ser.