sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cobaias Humanas

Os Black bocs paulistas subiram no meu conceito. Abandonaram seus aliados sindicalistas e foram dar trabalho à polícia praticando suas diatribes em manifestação a favor dos quadrúpedes.

Não é possível convencê-los de que, enquanto não estamos preparados para contê-las por outros meios, o benefício publicitário que esperam de suas depredações para a causa do combate à repressão é inferior à perda que causam. Perda que se mede em justificativa para contratação de mais policiais trogloditas, que se tornarão torturadores, e mais advogados idiotas, que se tornarão legisladores. O prejuízo nessa equação só não é evidente para eles e para os que os utilizam como cobaias humanas.

Todo mundo desconfia, menos os jornalistas e os advogados do Brasil, que as manifestações deste ano nas nossas grandes cidades são obra de uma organização criminosa. Se se deve procurar prender os líderes dessa organização, é outra história. Sobretudo se, para encontrá-los, já se tornar necessário vasculhar casas legislativas, comissões da OAB e redações de jornais.

Investigar se os Black boçs presos participam de uma tal organização como definida em lei e garantir o seu direito de defender-se em liberdade de acusações a respeito são atividades da polícia e dos advogados a que a sociedade não se pode opor. Assim, aumenta o espaço de atuação das organizações parasitárias que florescem em torno da defesa da lei e da ordem.

Enquanto para os humanos a conquista da liberdade passa por vencer todas as boçalidades, os irracionais não tem outra forma de defender-se senão mordendo e arranhando. Sua defesa encontra nos Black boças legítimos representantes.

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