Tramita
na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro projeto do governo estipulando
cotas para admissão à sexta série do ensino fundamental no Colégio de Aplicação
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Segundo o projeto, a classificação
resultante da prova deverá ser contrariada para que seja admitida elevada
porcentagem dos alunos com determinada cor da pele, outra percentagem de filhos
de pais com determinada profissão, e assim por diante.
A
Educação no Brasil é vítima preferencial da ânsia dos nossos políticos em
produzir projetos de lei esquisitos. Trata-se, no caso da Educação, de
aplicação equivocada do princípio do “muito barulho por nada”. Este princípio
da Psicologia orienta a discussão em todas as casas legislativas, órgãos da
imprensa e todo tipo de conselhos em que se reúnam pessoas que se consideram
importantes. Os pontos da pauta de cuja decisão a respeito dos quais não se
possa esperar maiores consequências concentram todas as manifestações dos políticos,
jornalistas e conselheiros, em geral. Aplicar esse princípio à Educação revela
o baixo valor que lhe atribuem.
Com
o argumento de que o mesmo já foi tentado nos Estados Unidos para combater a
segregação da minoria negra naquele país, vem sendo aprovadas leis impondo
cotas raciais no ingresso às boas universidades brasileiras. Como no Brasil a
diferenciação pela cor da pele não é tão significativa, cotas de outra natureza
vêm sendo introduzidas como remendos nessas leis. O que disso pensem os
educadores ou como a Universidade americana respondeu à prática das cotas, não
interessa. Os americanos são racistas, as universidades são conservadoras e ponto
final.
Sem
dúvida, a educação pode ser um importante fator de mudança. Está demonstrado
que acesso à escola de qualidade gera ascensão social. Mas, desvirtuando a
formação das turmas o que se está produzindo é apenas o enfraquecimento desse
fator, dificultando mais o funcionamento de um sistema educacional já combalido
por repetidos erros do planejamento estratégico nacional.
Por
que será que se realizam exames de admissão a certos cursos? Essencialmente,
porque os alunos são o centro do processo de aprendizagem. Aprender é difícil e
a dinâmica da aprendizagem envolve a interação entre os alunos. A homogeneidade
das turmas é tanto mais necessária para o êxito dessa interação, quanto mais
complexo é o objeto da aprendizagem.
Se
os nossos políticos desejassem mesmo favorecer a mobilidade social, bastaria
que aprovassem uma indicação: Mais verbas para a escola pública! Enquanto
sacrificar a qualidade da educação podia fazer sentido no combate à humilhação
da minoria negra nos Estados Unidos, desqualificar a Educação só piora a
situação da maioria pobre do Brasil.
O
que se deve buscar é que as crianças pobres cheguem à sexta série em condições
de vencer a disputa pelo ingresso no Colégio de Aplicação da UERJ. Enquanto não
se eleva, globalmente, a qualidade da escola para a maioria pobre, criar
dificuldades para as poucas escolas públicas que se destacam pela qualidade é
trabalhar não só contra a Educação, mas, também, contra a mobilidade social. Tramita
na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro projeto do governo estipulando
cotas para admissão à sexta série do ensino fundamental no Colégio de Aplicação
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Segundo o projeto, a classificação
resultante da prova deverá ser contrariada para que seja admitida elevada
porcentagem dos alunos com determinada cor da pele, outra percentagem de filhos
de pais com determinada profissão, e assim por diante.
A
Educação no Brasil é vítima preferencial da ânsia dos nossos políticos em
produzir projetos de lei esquisitos. Trata-se, no caso da Educação, de
aplicação equivocada do princípio do “muito barulho por nada”. Este princípio
da Psicologia orienta a discussão em todas as casas legislativas, órgãos da
imprensa e todo tipo de conselhos em que se reúnam pessoas que se consideram
importantes. Os pontos da pauta de cuja decisão a respeito dos quais não se
possa esperar maiores consequências concentram todas as manifestações dos políticos,
jornalistas e conselheiros, em geral. Aplicar esse princípio à Educação revela
o baixo valor que lhe atribuem.
Com
o argumento de que o mesmo já foi tentado nos Estados Unidos para combater a
segregação da minoria negra naquele país, vem sendo aprovadas leis impondo
cotas raciais no ingresso às boas universidades brasileiras. Como no Brasil a
diferenciação pela cor da pele não é tão significativa, cotas de outra natureza
vêm sendo introduzidas como remendos nessas leis. O que disso pensem os
educadores ou como a Universidade americana respondeu à prática das cotas, não
interessa. Os americanos são racistas, as universidades são conservadoras e ponto
final.
Sem
dúvida, a educação pode ser um importante fator de mudança. Está demonstrado
que acesso à escola de qualidade gera ascensão social. Mas, desvirtuando a
formação das turmas o que se está produzindo é apenas o enfraquecimento desse
fator, dificultando mais o funcionamento de um sistema educacional já combalido
por repetidos erros do planejamento estratégico nacional.
Por
que será que se realizam exames de admissão a certos cursos? Essencialmente,
porque os alunos são o centro do processo de aprendizagem. Aprender é difícil e
a dinâmica da aprendizagem envolve a interação entre os alunos. A homogeneidade
das turmas é tanto mais necessária para o êxito dessa interação, quanto mais
complexo é o objeto da aprendizagem.
Se
os nossos políticos desejassem mesmo favorecer a mobilidade social, bastaria
que aprovassem uma indicação: Mais verbas para a escola pública! Enquanto
sacrificar a qualidade da educação podia fazer sentido no combate à humilhação
da minoria negra nos Estados Unidos, desqualificar a Educação só piora a
situação da maioria pobre do Brasil.
O
que se deve buscar é que as crianças pobres cheguem à sexta série em condições
de vencer a disputa pelo ingresso no Colégio de Aplicação da UERJ. Enquanto não
se eleva, globalmente, a qualidade da escola para a maioria pobre, criar
dificuldades para as poucas escolas públicas que se destacam pela qualidade é
trabalhar não só contra a Educação, mas, também, contra a mobilidade social.
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