tag:blogger.com,1999:blog-58068101116342104062024-03-07T20:04:22.530-08:00Há governo ?Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.comBlogger73125tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-19787183535864574532019-08-20T05:15:00.000-07:002019-08-20T11:52:49.950-07:00Eduque-se<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O FUTURE-SE reúne um conjunto de iniciativas que devem ser apoiadas. Merece ser aperfeiçoado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O objetivo de fomento à pesquisa e à inovação tecnológica, no âmbito do Ministério da Educação, entretanto, me parece prescindir de mudança na estrutura de gestão das IFES. Há formas mais simples de favorecer a aproximação entre a pesquisa acadêmica e a inovação nas empresas. Nas áreas em que uma as duas é forte, a outra acaba por fortalecer-se, desde que se eliminem as barreiras criadas para proteger a incompetência. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A política de ampliação do apoio das universidades à inovação nas empresas deve ser desenvolvida no âmbito do Ministério da Ciência. O Ministério da Educação deve apenas zelar para que obstáculos burocráticos não dificultem esse apoio. Por exemplo, a aprovação de projetos de pesquisa e extensão deve ser atribuição dos Departamentos e deve ser restrita aos aspectos científicos dos mesmos. Não deve incluir a análise financeira. As empresas não devem ser obrigadas a divulgar antecipadamente os valores que pagarão aos professores. Esses valores poderão variar em função dos resultados obtidos. Não se deve esperar grandes produtos da pesquisa aplicada e inovação se o seu pagamento é pré-fixado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, no estrito âmbito da Educação, podem ser criadas políticas para ampliar substancialmente o papel das universidades públicas. As IFES podem ser usadas para suprir as deficiências da formação oferecida nos três níveis da educação em um programa universal de completamento permanente educação, cuja urgência e importância são máximas. Esse programa, de ensino à distância, incluiria, de um lado, a requalificação permanente dos profissionais formados e, de outro, a correção da formação básica nos níveis do ensino fundamental e médio. Teria o apoio dos professores universitários se sua participação nos mesmos tivesse seu valor reconhecido. Uma forma de oferecer tal reconhecimento seria incluir nos instrumentos de avaliação usados para as progressões na carreira docente a avaliação objetiva dessa participação. Somente uma pequena proporção dos departamentos, classificados como de pesquisa pela participação de seus professores em projetos de pesquisa bem avaliados pelo CNPq, teria seus docentes avaliados pela sua produção científica. Todos os outros seriam avaliados pelos resultados da sua participação nos cursos da IFES e no programa universal de completamento permanente da educação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Complementarmente, a participação discente nesses programas deveria ser estimulada por bolsas de estudo que seriam o embrião de um futuro programa brasileiro de renda mínima universal.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-68701300252265500002018-12-03T04:33:00.000-08:002018-12-03T04:33:06.724-08:00Cristãos de Direita?<div style="text-align: justify;">
Quando bispos criam partidos políticos e se orgulham de influenciar presidentes que se anunciam como representantes de Deus, duvido da sua fé. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando o Espírito do Amor de Jesus está vivo em seu coração, você se percebe como um pequeno membro de uma humanidade claudicante, carregada nos braços do Pai de Todos. Uma humanidade com um destino conjunto. Então, as suas decisões particulares levam em conta os pensamentos e interesses de todos os homens. A atenção ao Pai resulta em atenção aos que Ele ama e provoca o crescimento em quem o oferece do sentimento de pertencimento e solidariedade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Constitui-se desse modo a moderação como a virtude cardial do cristão na política. A moderação é a atenção à variada vontade dos outros em torno de nós, a disposição de apoiar os que têm menos força para sobreviver. Por isso, ela é um sinal da presença de Deus no coração do homem. Líderes autoritários não são cristãos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A paz sai do interior do homem para sua vida política e social, porque a alegria de estar com Jesus resulta em aceitar o outro. Por hospedar o amor, o cristão não reage extremadamente a atitudes extremas de quem quer que seja, mas, ao contrário, reconhece o valor de todas as manifestações da vontade, do sentimento e da inteligência humana. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O representante cristão na democracia não defende o interesse de uma parcela da sociedade, mesmo de uma parcela que se identifique como seguidora de uma religião. Pelo contrário, busca o bem de todos. E procura contribuir para que esta seja também a vontade da maioria e dos governantes por ela eleitos. À opção de representar um grupo superior, o grupo dos bons, prefere a opção de seguir Jesus, que ama bons e maus.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-1445540190932574782018-11-17T00:52:00.001-08:002018-11-17T00:53:42.899-08:00Partidos sem Igrejas<div style="text-align: justify;">
Na cauda de uma campanha eleitoral em que ganharam muitos votos combatendo a educação sexual nas escolas, os políticos do “kit gay” estão agora organizando manifestações nas portas das faculdades em defesa de “Escola sem Partido”. Sustentam a tese de que os professores têm preferência pela esquerda e é preciso proibi-los de fazer propaganda política em suas aulas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que tão odiosa quanto o abuso sexual é a exploração da generosidade dos estudantes por políticos que se aproveitem da posição de serem professores. Por outro lado, assim como na educação sexual, na educação cívica as instituições de ensino podem prestar importante ajuda a uma sociedade combalida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejo essa nova campanha como aplicação do princípio de que a melhor defesa é o ataque. Em vez do detestável uso da autoridade do professor para conquistar votos, o que tem de estar em pauta hoje é a escandalosa participação de líderes religiosos nas últimas eleições. Em vez de tirar os partidos de dentro das escolas , o importante hoje é tirar algumas igrejas de dentro de alguns partidos.. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tão absurda quanto a pretensão de eliminar a presença da política nas escolas seria a de eliminá-la das igrejas. Em toda igreja, espero que se discuta política. Ou não seria política a discussão da miséria e do crime e da busca de formas de combatê-los? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que os locais de culto religioso viram na última eleição brasileira, porém, não foi isso. Não chegamos ainda à disputa sectária pelo poder como nas velhas guerras religiosas que ainda vemos ocorrer em outros países. Mas, a exploração do nome de Deus e do rótulo de bom foi um passo largo nessa direção. Dezenas de candidatos usaram para eleger-se o título de bispo e pastor. Outros se elegeram expondo no horário eleitoral suas fotos ao lado de tais figuras. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em vez de ir apoiá-las na porta das escolas, precisaríamos é ir para a porta das igrejas dessas pessoas pedir aos fiéis que não reelejam mais quem use o nome de Deus em suas campanhas. Perguntar-lhes o que pensam do uso eleitoral de emissoras de rádio e TV que foram criadas com doações de dizimistas que queriam fazer proselitismo religioso. Informá-los de que há no Brasil partidos criados e dominados por exploradores da religiosidade ingênua.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-19862565331346375912018-10-17T06:15:00.000-07:002018-10-17T06:15:27.336-07:00O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!<h2 style="text-align: justify;">
<b>Neste segundo turno da eleição presidencial brasileira, a escolha para o cristão é muito simples. Para o cristão, é muito fácil identificar o pior dos dois candidatos. É aquele candidato que toma como bandeira a palavra de Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”! Porque, enquanto a verdade a que Cristo se refere é Ele mesmo, o Amor, que conduz à justiça e à moderação, esse candidato, que se faz a si mesmo o dono da verdade, oferece exceção de ilicitude a quem mate em nome das “pessoas de bem”. Nesta eleição, o Mal está presente, sem dúvida, dos dois lados, na corrupção dos políticos que a Justiça vem condenando. Mas, está redobrado na candidatura que diz que há corrupção porque há defesa dos direitos humanos, que se aliou a líderes religiosos que assentam sua liderança na divisão das pessoas entre os bons (os que temem a Deus e lhes vêm pagar o dízimo) e os maus (os outros), que usa em sua campanha uma rede de profissionais em serviços de informação especialistas em espalhar calúnias. Isto aconteceu na Alemanha no século XX e está acontecendo de novo em um número crescente de países. Os cristãos, hoje no Brasil, são poucos e devem estar preparados para, como Dietrich Bonhoeffer, Edith Stein, Maximiliano Kolbe e muitos mais ontem na Europa, morrer nas mãos dos fariseus de sempre.</b></h2>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-63110508872826643452018-10-07T02:55:00.000-07:002018-10-07T02:55:56.899-07:00Governo fraco pode significar Povo forte. Ou não.<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">É hora de aceitar com resignação e amor
mais quatro anos de atraso. E esperar que as limitações intelectuais e
vulnerabilidades morais do presidente eleito não o impeçam de levar seu mandato
até o fim.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Marina conseguiu dar divulgação a alguns
projetos simples: o da energia solar, o dos cientistas estrangeiros, bolsas de
estudos no ensino médio, limites à reeleição! Quem vencer poderá aproveitá-las.
E temos de festejar porque, apesar de tudo, com mais uma rodada de
eleições a prática do debate de ideias sempre ganha algum espaço. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Junto com a gente, foi derrotado o
Establishment. A Imprensa teve sua pretensão de isenção ridicularizada pela
ausência no grande debate do candidato que ao mesmo tempo fazia campanha sozinho
no canal que o apoiava. Os grandes partidos começaram a derreter quando, não
contentes com o gigantesco fundo eleitoral que se deram, ainda foram brigar pelo
quinhão do Centrão. O Judiciário foi derrotado pela tentação do poder: em vez
de admitir a inconstitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, preferiu valer-se
dela e acabou transformando um símbolo da corrupção mais vergonhosa em símbolo
de resistência democrática. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">A vitória nas urnas geralmente premia a
mais torpe campanha. Mas, costuma poder ser associada ao apoio de algum setor
importante da sociedade. Desta vez, ao contrário, só se vê rejeição aos vencedores.
O Brasil terá um presidente espantosamente fraco. É preciso que os sensatos se
unam para evitar o pior. A Imprensa, o Supremo, os políticos de tradição,
estonteados pela derrota nas urnas, poderão, como meio século atrás, ceder à
tentação do “endurecimento do regime para restaurar a ordem”. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;">A democracia é frágil e, com frequência, o
governo cai nas mãos de malfeitores. Mas, mesmo frágil, a própria democracia
acabará por derrotá-los. Ainda que não estejamos mais aqui para comemorar. O
primeiro dever dos democratas é pugnar por eleições mais limpas, mesmo que
nunca o tenham sido nem nunca o venham a ser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br /></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-9802434152997199342018-09-22T06:45:00.002-07:002018-09-23T03:36:28.926-07:00Amigo Eleitor<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dirijo-me a você que, pelas pesquisas, parece estar decidido a votar em um de dois candidatos em extremos opostos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um desses candidatos lhe promete manter a ordem a ferro e fogo. Quando pessoas assim chegam ao poder, sabemos o que esperar: abuso, violência contra o cidadão, decisões erradas tomadas sem controle. Ele já começou a atacar as eleições, acusando as urnas eletrônicas. O ídolo dele é um general que comandou a tortura no governo militar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O outro promete felicidade para todos, por conta do governo. Quando pessoas assim chegam ao poder, sabemos o que esperar: mentira, fraude, corrupção sem freio. Ele já começou a atacar a Justiça, desqualificando as delações premiadas. O ídolo dele é o presidente que comandou o mensalão e o petrolão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você pensa em votar num porque está revoltado com as propinas do outro ou porque está revoltado com as mordomias do outro, não vote em nenhum dos dois. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesta eleição, o tempo dado aos candidatos para exporem suas ideias é escandalosamente desigual e os que têm mais recursos para propaganda também estão envolvidos até o pescoço na corrupção. Mas, há uma candidata com uma história que nos permite confiar, em seu espírito público tanto quanto em sua honestidade. Seu nome é Marina Silva.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-80615620327633883842018-09-15T03:35:00.000-07:002018-09-15T03:35:04.283-07:00Fake News<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos nós, aqui no Ocidente, conhecemos pelo menos um caso em que pessoas profundamente religiosas realizaram uma difamação com consequência trágica. Lembro disso ao ver, nesta campanha eleitoral, amigos meus ajudarem a inundar as redes sociais com ataques à honra do marido de Marina Silva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As acusações são antigas e sem fundamento. Mas, as pessoas se dão o direito da dúvida. Podem encontrar na internet provas de que as informações que receberam são falsas, mas imaginam: quem sabe se não será provado mais tarde que os desmentidos é que eram falsos. E divulgam a versão que lhes agrada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O marido de Marina, Fábio, foi fundador de uma ONG que negociava madeira e foi subsecretário do governo do Acre. Isso permite qualificá-lo como madeireiro e como político e sujeitá-lo a má vontade que o eleitor possa ter com essas qualificações. Se você concorda que isso não faz dele uma pessoa má, peço que continue lendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira acusação diz respeito a uma doação de madeira do IBAMA à tal ONG. A doação foi feita quatro anos depois de Fábio ter-se desligado da ONG. O MPF foi instado pela própria Marina a investigar o caso e ele foi cabalmente inocentado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A segunda acusação é de ter aprovado um projeto de que resultou prejuízo para a SUDAM. Fábio é, de fato, réu, há quase vinte anos, em uma ação cível, junto com todos os que votaram a favor na reunião em que o projeto foi aprovado. Ele compareceu à tal reunião, mas, sem direito a voto, enviado para representar excepcionalmente o governador do seu estado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essas são as bases dos ataques, divulgados para sustentar que Marina não é menos corrupta que seus adversários. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que você pode fazer a respeito? Pedir uma bacia com água e lavar as mãos? Uma alternativa melhor: procure se informar sobre os programas dos principais candidatos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para defender-se dessas infâmias, a campanha de Marina é forçada a gastar o que não tem: o Congresso aprovou em 2017 uma divisão dos recursos públicos para as campanhas que atribui a Marina uma migalha do que dá ao Centrão e ao PT. Se você quiser ajudar a equilibrar a disputa, faça uma doação. Vá até https://www. doemarina.com.br.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-39925787665664199002018-09-12T05:33:00.000-07:002018-09-12T05:33:04.137-07:00O Marketing Eleitoral<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Sociedade de Consumo, as eleições são, cada vez mais, influenciadas pela propaganda. Declarar a preferência por um candidato eleva ou abaixa o status tanto quanto vestir certa blusa ou comprar certa revista. E, cada vez mais, as pessoas estão preocupadas com o que as outras pensam sobre os produtos que elas escolhem consumir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com isto, o que as pessoas dizem, nas redes sociais, sobre os candidatos é, hoje, mais importante do que o que estes dizem que irão efetivamente realizar, caso eleitos. Para elaborar essa decisiva imagem dos candidatos, e determinar os efeitos que aderir ou não a ela tem sobre a aprovação da imagem do eleitor pelo seu grupo, mobilizam-se os marqueteiros eleitorais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Sociedade de Consumo, o consumidor é acostumado a orientar suas decisões pelas marcas. Os partidos são as marcas dos candidatos. O reduzido custo do voto favorece a displicência, de modo que a fidelidade partidária do eleitor deveria tornar-se fator ainda mais decisivo. Isto não acontece porque as eleições ocorrem muito espaçadamente e, na roda viva da sociedade atual, o cidadão só tem tempo de pensar em política na época das eleições. Daí, a volatilidade do voto e o espaço aberto para usar o marketing na criação novas preferências.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos velhos tempos, o eleitor votava por uma dentre algumas possíveis razões: por obediência, por dinheiro, por interesse - de corporação, classe ou região - ou, idealmente, por convicção quanto ao que seria melhor para a pátria e a humanidade. Com o progresso, o voto de cabresto e o voto comprado vêm perdendo importância. Resta a opção entre escolher o que é melhor para o grupo com que me identifico e o que é melhor para todos. Infelizmente, ao mesmo tempo cresceu a importância da aprovação pelo grupo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem dúvida, além das propostas para o futuro, as qualidades pessoais do candidato devem afetar, subsidiariamente, a escolha do eleitor. O marqueteiro, entretanto, inverte as prioridades ao, de um lado, envolver as ideias em fantasia para, de outro, criar falsas identificações com o seu candidato...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na eleição de 2018, a delação premiada é uma das poucas novidades com unânime apoio do brasileiro, humilhado pela extensão da incompetência e do crime no país. Nesse contexto, o maior partido do país prepara-se para ganhar a eleição atacando a delação premiada e colocando um chapéu de vaqueiro no seu candidato para identificá-lo com o seu líder na prisão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deem tempo de TV a um marqueteiro e ele se encarrega de transformar futilidade em votos. Não só o uso do Caixa 2, mas, também, a contratação de marqueteiros deveria ser severamente punida como crime eleitoral.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-24390130620080304642018-09-01T08:11:00.000-07:002018-09-12T05:41:50.033-07:00Um campeonato Desigual<div class="MsoNormal" style="line-height: 103%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.0pt; margin-right: 105.85pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-top: 6.75pt; tab-stops: 40.6pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 20pt;">I</span>magine<span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span>um<span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span>campeonato<span style="letter-spacing: -1.1pt;"> </span>como<span style="letter-spacing: -1.1pt;"> </span>outro<span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span><span style="letter-spacing: -.2pt;">qualquer,</span><span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span>só<span style="letter-spacing: -1.1pt;"> </span>com<span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span>uma<span style="letter-spacing: -1.1pt;"> </span>pequena<span style="letter-spacing: -1.15pt;"> </span>diferença.<span style="letter-spacing: -2.55pt;"> </span>Aqui, o campeão de um ano começa o ano seguinte com mais
pontos. Muito mais pontos! E mais: são os primeiros colocados que definem as
regras da próxima<span style="letter-spacing: -.05pt;"> </span>disputa. Injusto,
não acha?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Pois<span style="letter-spacing: -.8pt;"> </span>esse<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>é<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>justamente<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>o<span style="letter-spacing: -.8pt;"> </span>sistema<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>político<span style="letter-spacing: -.75pt;">
</span>brasileiro.<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>Os<span style="letter-spacing: -.8pt;"> </span>partidos<span style="letter-spacing: -.75pt;">
</span>que<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>elegeram<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>mais<span style="letter-spacing: -.75pt;"> </span>parlamentares
- muitas vezes comprovadamente usando caixa 2 - decidiram juntos, no ano passado, criar um fundo do qual eles
mesmos recebem<span style="letter-spacing: -.55pt;"> </span>muito<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>mais<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>dinheiro<span style="letter-spacing: -.5pt;"> dos nossos impostos </span>para<span style="letter-spacing: -.55pt;"> </span>usar<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>nas<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>próximas<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>eleições.<span style="letter-spacing: -.95pt;">
</span><span style="letter-spacing: -.25pt;">Tudo</span><span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>para<span style="letter-spacing: -.5pt;"> </span>receber<span style="letter-spacing: -.5pt;">
</span>mais dinheiro que, na lógica deles, traz mais votos, elege mais
parlamentares, garante ainda mais dinheiro que traz ainda mais<span style="letter-spacing: -.05pt;"> </span>votos… É o ciclo vicioso que afunda a
nossa democracia. Um campeonato que não faz sentido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT-BR;">Mas existe um detalhe nesta eleição: podemos fazer mais do que torcer. Temos
chances reais de romper com esse ciclo vicioso em 2018. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Marina Silva e Eduardo Jorge</b> têm a independência, experiência e
capacidade necessárias para defender o ameaçado instituto da delação premiada e usá-lo para enfrentar as lideranças do crime organizado nos altos escalões da República. </span><br />
<br />
Com a mobilização de milhares
de brasileiros, podemos equilibrar essa disputa.</div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-top: .35pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #005744; font-size: 12.0pt;">Doe e faça parte
dessa história!</span></b><span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Doe com cartão de
crédito ou emita boleto bancário em</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT-BR;"> </span><b><span style="color: #ffbf3b; font-size: 28.0pt;">doemarina.com.br</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-22367706968675009832018-02-22T04:49:00.000-08:002018-02-22T04:49:30.810-08:00Apoio à Intervenção Federal<br /><div style="text-align: justify;">
A nomeação do comandante da Região Militar do Leste para a função de interventor na área de segurança do Rio de Janeiro, qualquer eu tenha sido sua motivação, pode ser positiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A segurança no Rio de Janeiro não vai aumentar sem a mobilização da sociedade. A presença do general nessa função pode suscitar mobilização favorável. As Forças Armadas são das poucas instituições em que a sociedade reconhece que o valor da honra pessoal é prestigiado. E é resgatando esse valor que se pode reduzir a criminalidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sugiro algumas mudanças de comportamento com as quais a população do Rio de Janeiro pode contribuir para o sucesso da intervenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Mesmo reconhecendo que entre os políticos o que prevalece é a hipocrisia, os eleitores do Rio de Janeiro podem fazer um esforço para selecionar os políticos em que percebam a disposição de buscar honestamente o bem comum e, nas próximas eleições, escolher entre estes os que pareçam atribuir maior prioridade ao bem estar das futuras gerações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. Mesmo reconhecendo que o roubo de cargas reduz os preços, os consumidores do Rio de Janeiro podem comprometer-se a não adquirir produtos industrializados sem nota fiscal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3. Mesmo reconhecendo que para a mídia pouco importa a verdade, os clubes de futebol do Rio de Janeiro podem negar-se a submeter-se à lógica de que "o que importa é ganhar" e instalar os árbitros de vídeo nos estádios do Maracanã, do Engenhão, de São Januário e da Ilha do Urubu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4. Mais importante que tudo, os empresários do Rio de Janeiro, reconhecendo que sua responsabilidade social não se extingue com a negociação das exigências tributárias, podem dedicar, cada um, parte das suas receitas a apoiar a melhoria do ensino nas escolas públicas do Estado, com bônus salariais, apoio material e prêmios de honra ao mérito para valorizar o desempenho escolar dos estudantes. Por exemplo, cada pequeno comerciante pode ofertar mensalmente à escola mais próxima um valor equivalente ao que gasta para tornar mais agradável a visita a sua loja. Os bancos e as grandes empresas podem autorizar os gerentes em seus estabelecimentos a ajudar diretores e coordenadores de escolas por eles escolhidas .</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada uma dessas medidas, e, principalmente, valorizar e qualificar as novas gerações, golpeará o crime organizado no estado mais que qualquer aumento de prisões e qualquer devassa nas corporações policiais.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-80654130385796293542018-02-03T03:45:00.000-08:002018-02-03T03:45:18.325-08:00Abaixo a Ficha Limpa!<div class="MsoNormal">
A Lei da Ficha Limpa é um retrocesso. Sempre achei mais
razoável tornar inelegível quem seja reprovado em uma prova de Matemática que
quem tenha sido condenado à prisão. Independentemente dos motivos da
condenação, a prática de condutas antissociais pode ser até uma credencial
legítima para o candidato a representar a insatisfação com os poderes do
Estado.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas, a Lei da Ficha Limpa foi aprovada por unanimidade
porque teve apoio de mais de um milhão de assinaturas. Agora, muitos milhões serão
impedidos de votar em um candidato, cassado pela Lei da Ficha Limpa. Percebe-se,
afinal, que não é um direito dos representantes que essa lei viola, é um
direito dos representados. </div>
<div class="MsoNormal">
A República, como modelada
na Idade Moderna, é a forma mais democrática de governo. A duração limitada dos
mandatos protege contra a tirania. A limitação da participação popular à
eleição de representantes protege contra a anarquia. O plebiscito é, desde
então, a maior ameaça. Porque combina a dificuldade de formar uma maioria de eleitores
esclarecidos com a possibilidade de delegar poderes abusivos. A lei da Ficha
Limpa é um exemplo de imposição plebiscitária.</div>
<div class="MsoNormal">
Na democracia plebiscitária, uma maioria eventual pode, não
só espoliar minorias, como, também, instalar a tirania. Na democracia
representativa em que vivemos, só há eleição majoritária para os cargos máximos
do Executivo, com a possibilidade de reeleição limitada. Quanto mais limitada
for essa possibilidade, melhor.</div>
<div class="MsoNormal">
A democracia vive na corda bamba. O que se tem, na História,
é um equilíbrio instável. A reação aos abusos no poder conduz à anarquia, que é
o caminho de volta para uma tirania mais poderosa. Mas, enquanto isso, cresce
lentamente a noção de que o cumprimento das limitações constitucionais dos governantes
não visa só a proteger as liberdades individuais, mas, antes de tudo, a evitar
os graves prejuízos ao interesse coletivo que autoridades absolutas sempre
acabam por produzir.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
O processo eleitoral é viciado pela demagogia e a corrupção
da Imprensa facilita as reeleições. <span style="background: white;">Para
se fortalecer, nossa democracia ainda carece de instrumentos efetivos de contenção
dos maus governantes. Nesse contexto, é melhor termos maus candidatos de
oposição do que nenhuma ameaça de mudança. Para que presidentes tenham medo de
ser presos, presos devem poder voltar a ser presidentes.<o:p></o:p></span></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-21238980475893846382017-12-17T12:50:00.001-08:002017-12-18T02:02:30.154-08:00Vandalismo<div class="MsoNormal">
Segundo tese da sociologia tupiniquim que vi exposta hoje em
um dos nossos grandes jornais, o vandalismo dos torcedores que na noite do
último jogo do Flamengo criavam conflitos para cercar idosos e roubavam atropelados
caídos no chão seria uma resposta do nosso povo à selvageria com que nossos
governantes o espoliam.</div>
<div class="MsoNormal">
Lembro que, nos quebra-quebra que precederam o golpe de
2015, também se tentava legitimar o vandalismo dos que destruíam vidraças para saquear lojas como fruto da indignação diante dos crimes revelados aos
procuradores da Lava-Jato.</div>
<div class="MsoNormal">
Pra mim, o buraco é um pouco mais embaixo. Concordo que
ladrões a gente encontra em toda parte. Não se pode, entretanto, deixar de ver
que a reação indignada a terem sido flagrados criminosos no partido em que se tinham
concentrado as esperanças de moralização da política foi explorada,
simplesmente, para permitir a tomada do poder pelas forças mais corruptas e
reacionárias da nossa política.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando isso aconteceu, vimos essa mesma sociologia de
botequim sustentar que o país passara a ser governado pela elite econômica, contra
a qual a única esperança tornava a ser a revolta popular. Com isto eu já não
concordo, novamente. Não foi a elite econômica, mas, a parcela mais atrasada da
oligarquia que tomou o poder. </div>
<div class="MsoNormal">
Quando ela procura travar o progresso social anulando conquistas
dos aposentados do serviço público, não há porque devamos supor que essa é a
vontade de todo o empresariado. Ao mesmo tempo em que ela consegue, espertamente,
dividir os trabalhadores, explorando a inveja dos que não tem aposentadoria integral,
é preciso que os trabalhadores consigam perceber que os empresários que valorizam o trabalho e protegem o meio ambiente também estão sendo dizimados por essa
suposta elite que odeia a competição, o mérito e a qualidade.</div>
<div class="MsoNormal">
A barbárie perpetrada
em torno de um jogo de futebol não é resposta a nada. É a mesma barbárie que
domina a política e a economia. E é ela mesma o inimigo a combater. A luta do povo
por direitos sociais, políticos, econômicos e culturais é uma só. O emprego de
qualidade, a democracia republicana, a livre concorrência e a lealdade no
esporte só podem ser conquistados pacificamente. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Na política, nossa única arma continua sendo o voto. Votando
para prestigiar programas partidários e espírito público. No campo social, voto
por mais verbas para educação e saúde. No campo econômico, por menos
verbas para proteger interesses dos poderosos. Na cultura, entre outros fins, por
uma Imprensa preparada para diferenciar amor ao clube de facciosismo.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-61261667072339925112017-05-03T13:52:00.000-07:002017-05-03T13:52:02.285-07:00Mais Reforma Política<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: EN-US;">Winston Churchill disse uma vez: “The best argument against democracy is
a five-minute conversation with the average voter”. Isto não o impediu de
dizer, noutro momento: “<em>Democracy</em><span class="apple-converted-space"> </span>is the worst form of government,
except for all the others”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif";">A coisa é simples. Se temos necessidade de governantes, temos
necessidade de limitar seu poder.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">
A escolha do regime democrático é uma escolha de compromisso. Abrimos mão de
escolher os melhores governantes, em troca do poder de, de tempos em tempos,
substituir os que são escolhidos. A grande virtude da democracia é a
alternância dos partidos no poder. Não se espere do eleitorado a capacidade de
escolher o que é melhor para o povo. O importante é que a existência de
eleições constitua uma ameaça séria de deposição para os governantes de cada
dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com
o desenvolvimento do marketing político e do caixa 2 eleitoral essa virtude
capital da democracia se perdeu, no Brasil. As empreiteiras, os barões da
propaganda e seus parceiros estão no poder há um século.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma
onda internacional levou os últimos governos a aprovar uma legislação anticorrupção
que, aplicada com rigor pelo Poder Judiciário, está levando alguns poderosos à
cadeia. A competência da Polícia e do Ministério Público é limitada e só o
tempo dirá até que ponto eles serão capazes de aplicar eficientemente
instrumentos como o da delação premiada. De qualquer modo, nossos políticos
estão se vendo diante do risco de punições severas, se a democracia começar a funcionar. Perder a próxima
eleição pode passar a envolver o risco de ter os seus crimes de corrupção apurados
e punidos sob um governo hostil. Contra essa ameaça, eles tentam unir-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Eles estão ocupados em realizar as mudanças no Poder Judiciário de que
necessitam para safar-se agora, mas, com o tempo, desenvolverão formas mais elaboradas de receber suas propinas. E, principalmente, em algum tempo, recuperarão a
concentrarão de poder que lhes permita preservar a leniência dos sucessores
para evitar que a corrupção seja esclarecida. Mais importante que castigar os
que foram pegos neste momento de transição é aproveitar sua fraqueza eventual para fortalecer a democracia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
Reforma Política, sendo realizada pelos eleitos, dificilmente ampliará as
chances de vitória das oposições. Entretanto, podemos explorar conflitos de
interesses. A ampliação das inelegibilidades aos ministros e secretários pode
contar com apoio de congressistas. A criminalização do financiamento das
campanhas pelos proprietários e dirigentes das empresas com contratos com o
governo e pelos seus “laranjas”, também, quem sabe?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mais
importante que tudo continuo achando que é o fortalecimento dos partidos. O fim
das coligações e o voto em lista podem ser aprovados por, acidentalmente, satisfazer
algum interesse eventual de políticos ameaçados. Precisamos que sejam aprovados,
não pelo bem dos maus políticos, mas, pelo da democracia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
opção é esta, entre defender a democracia com unhas e dentes ou permanecer sob
um daqueles outros regimes a que Churchill se referia.<o:p></o:p></span></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-86319549703973060482017-03-16T06:51:00.004-07:002017-03-16T07:03:03.085-07:00Reforma da Previdência<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Falta uma cláusula pétrea à nossa Constituição: a Lei não compensará injustiças com novas injustiças. Com esse fundamento e um STF inteligente, murcharia, aos poucos, a política de submissão do bem comum a mesquinhos interesses particulares que emperra o nosso país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre a questão da Previdência, eis um episódio muito esclarecedor. Na semana passada, Cora Rónai, mulher e inteligente, expõe argumentos simples pelos quais julga que mulheres não devem pugnar por privilégios na Previdência. Esperava, hoje, ver a outra cronista do segundo caderno dO Globo, especializada na defesa de algumas minorias e outras maiorias, contestar esses argumentos. Que nada! ouvidos moucos, ela volta com a sua mesma tese de sempre: as coitadas das mulheres e dos negros (e, ainda acrescenta, os jovens!) precisam de compensação. Por isso, lutemos por direitos especiais para os velhos que não contribuíram em detrimento dos contribuintes da Previdência...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é que não me sensibilize a velhice das viúvas-gay e dos empresários sem terra. Todos merecem assistência. E, principalmente, trabalho igual deve gerar direitos iguais. Mas, como deixou claro a Cora, a luta pela igualdade de salários tem de ser travada em outro campo. A confusão no debate da Previdência Social é que dá margem ao retrocesso que hoje se perpetra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Previdência Social é uma conquista dos trabalhadores. Políticos e jornalistas sem caráter estão destinando a Previdência Social para os que não contribuíram e atirando os que conquistaram uma posição melhor no mercado de trabalho aos custos e riscos da Previdência Privada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em qualquer país sério, a Previdência Social, com um cálculo atuarial honesto, é mais barata e mais confiável que a Previdência Privada. Se chegar a apresentar déficit, uma leve correção de alíquotas e prazos restaurará o equilíbrio. É um absurdo que a Previdência Privada consiga voltar a dominar o Brasil.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-60497374267724950492016-12-08T09:59:00.000-08:002016-12-15T15:12:42.645-08:00Cultura Política<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa Imprensa não cessa de repetir que os políticos que nós elegemos são muito ruins. Talvez faça isso para enfraquecê-los e evitar que aprovem nova Lei de Imprensa, ameaça com que se preocupa de vez em quando. É mais provável que seja apenas fruto do hábito, da experiência com Arte e Esporte, áreas em que as notícias que mais atraem
o público são os escândalos envolvendo os protagonistas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como os candidatos em que voto sempre são mal votados, sinto-me
à vontade para defender os eleitores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Escolhemos mal porque somos colocados diante de opções
falsas. Na verdadeira democracia, os eleitores escolhem entre visões do interesse
público propostas por diferentes partidos políticos. Na nossa democracia
escolhemos pessoas de partidos quaisquer para representar nossos interesses
particulares. Por isso,
nunca nos incomodou o voto de cabresto nem o voto comprado por meio do marketing
eleitoral pelas empresas que não contam com um número suficiente de votos para terem
seus interesses de outro modo representados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isto pode mudar. O escândalo da Lava-Jato e suas variantes despertou o
espírito cívico do povo e dos meios de comunicação brasileiros. Isto criou uma
oportunidade rara que a Imprensa pode nos ajudar a aproveitar. Para manter o
interesse dos eleitores na política, sugiro que cada jornal diga ao seu público
qual o partido cujo programa mais lhe agrada e explique as razões de tal
preferência. Às emissoras de rádio e TV, por seu turno, sugiro que adotem um ou
mais partidos a cada um dos quais cedam gratuitamente 15 minutos diários em sua
programação para posicionar-se diante das notícias do dia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao mesmo tempo, o espírito cívico poderia ser aperfeiçoado
por campanhas. Por exemplo, se poderia explicar o mal que causa o consumidor
que adquire produtos sem nota fiscal. Implantando a lealdade na concorrência em
nossa cultura, eliminaríamos empresas que se mantém no mercado por meio da
sonegação fiscal. Um corpo empresarial mais eficiente poderia abrir mão da proteção
dos governantes, eliminando o fator de distorção das campanhas eleitorais que
tanto se profliga no momento.</div>
<span style="text-align: justify;">Eleitores que votassem pelo bem do país, políticos que defendessem
ideias, creio que isso é possível. Mas, não sem a colaboração de uma Imprensa
que priorizasse o bem do país e defendesse ideias. </span>Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-11211106856547666612016-10-23T03:11:00.000-07:002016-10-23T03:11:01.922-07:00Reforma Política<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
regime político que mais ameaça a democracia é a demagogia. A reforma política
deve ter um princípio básico: fortalecer a educação política. E duas linhas de
desenvolvimento básicas: fortalecer os partidos e proteger os eleitores.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Algumas medidas nessas linhas:</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]--> - Partidos
estaduais e partidos nacionais. Os partidos nacionais que não elejam deputados
em pelo menos dez estados não poderão mais participar de eleições nacionais. Proibição
de coligações nas eleições estaduais e municipais. Objetivo: facilitar ao eleitor
o conhecimento dos partidos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> - </span><!--[endif]-->Obrigatoriedade de voto apenas nas eleições
municipais. Objetivo: atrair o cidadão para a política, mas, evitar que o
cidadão menos atento seja objeto de manipulações demagógicas nos temas mais
complexos e mais distantes da sua realidade diária. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> - </span>Leis municipais, para entrar em vigor, precisem ser
ratificadas pelas Assembleias Legislativas Estaduais, e leis estaduais para
entrar em vigor precisem ser ratificadas em segunda votação no ano seguinte.
Objetivo: evitar o casuísmo e o sensacionalismo na atividade legislativa.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->4.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> - </span><!--[endif]-->Horário
Eleitoral no Rádio e TV limitado à informação dada pelos TRE sobre onde cada
partido veicula sua informação. Objetivo: reduzir o poder do marketing
político.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->5.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> - </span><!--[endif]-->Puniçao das mentiras eleitorais com a obrigação de reconhecer o erro e reproduzir, pelo
menos duas vezes, a informação correta no mesmo veículo, eventualmente nos
termos exigidos pela vítima. Objetivo: elevar a seriedade das campanhas
políticas.</div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->6.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> - </span><!--[endif]-->Votos nos partidos e não nas pessoas. Na
formação das listas partidárias, eliminação de todos os candidatos com
desempenho insatisfatório em prova escrita elaborada pelo TSE sobre as plataformas
e propostas dos partidos e protegida com o mesmo rigor do ENEM. Objetivo:
elevar a representatividade das lideranças.<o:p></o:p></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-82996436356754058772016-03-11T03:29:00.000-08:002016-03-11T03:29:32.766-08:00Entre mosquitos e camelos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É indiscutível o benefício de se oferecerem fundamentações
religiosas para os pais que têm de lidar com filhos anencéfalos ou
microcéfalos. Mas, daí a defender leis que ameacem os que adotem as condutas
que contrariem os princípios que se julga que devem prevalecer vai uma grande
distância. Eles enfrentam realidades complexas e agradecem se não as
complicarmos mais com nossas leis e outras intervenções abusivas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em nosso país, diariamente morrem pessoas atingidas pela
fome e por balas perdidas. Outros são vítimas de latrocínios. Outros morrem em
guerras de facções criminosas. Outros, em rebeliões nos presídios. Enquanto
discutimos castigos para quem pratica o aborto ou para quem não desentope as
calhas, somos todos autores desses crimes de morte.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E, mesmo fora dos presídios, somos todos castigados por
cometê-los. Castigados com a insegurança que cresce a cada dia. E castigados
pela consciência do nosso farisaísmo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As nossas leis penais são elaboradas com as técnicas mais
refinadas. Ao avaliar as condutas criminosas, nosso sistema jurídico manda
considerar circunstâncias agravantes e atenuantes. Limitações para prisões
temporárias, preventivas e coercitivas são rigorosamente definidas. As penas de
privação da liberdade tem sua duração reduzida ao máximo e são substituídas por
penas mais leves. O fato é, entretanto, que as prisões estão cada vez mais
cheias. E, para sobreviver aos terríveis sofrimentos que elas impõem, forçam
cada vez mais pessoas submetidas ao encarceramento a abrir mão da sua
humanidade. São fábricas de bandidos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os nossos líderes políticos e os nossos grandes empreiteiros
começaram a ser presos. Urge acomodá-los em prisões em que possam ser
reeducados. Para isso, é preciso livrar as penitenciárias da presença da multidão
levada a participar de atividades como o tráfico de drogas e a exploração do
jogo por falta de alternativas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A descriminalização de condutas condenáveis,
mas, que, num ambiente repressivo, só fazem crescer, é, antes de tudo, uma
forma de combater os maiores crimes, que são os que praticamos contra os nossos
presos desarmados. Usemos professores para combater os mosquitos e polícia
apenas para os camelos.</span></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-46537803737734370802015-10-24T02:38:00.001-07:002015-10-24T02:38:33.728-07:00Controle em vez de Proibição<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O combate ao jogo e ao consumo de drogas se justifica pelos extremos de degradação humana a que o vício
conduz. A criminalização da oferta do jogo e das drogas, entretanto, não parece
reduzir o risco de pessoas serem atraídas para o vício. Ao contrário, com o
aumento da remuneração devido ao risco, a oferta no Brasil cresceu sem parar. A
dificuldade de obter informação às claras aumenta a vulnerabilidade dos jovens
e a propaganda boca a boca emprega a clandestinidade a seu favor. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além de não conter o uso, a proibição gera novos males. A
ilegalidade leva ao desenvolvimento de uma economia paralela, com regras
próprias de garantia dos contratos. Os comerciantes ilegais armam exércitos
para proteção dos seus estoques e cobrança de dívidas. Os viciados que não
pagam dívidas constituídas para alimentar o vício são as vítimas mais lamentáveis
das mortes violentas na nossa sociedade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma consequência indireta
do desenvolvimento da economia paralela fomentada pela estratégia
proibicionista é que amplia o mercado para os agentes financeiros
especializados na lavagem de dinheiro. Isto tem reflexos nas mais altas esferas
da economia e da política.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se a política de proibição for abandonada, empresas poderão
ser constituídas legalmente para concorrer com os ilegais, pagando impostos e
respeitando princípios de proteção à saúde dos usuários dos seus serviços. Além
de não se esquivar ao pagamento de impostos, cada casa de jogo ou venda de
drogas poderá ser obrigada a manter estrutura de combate ao vício, acompanhando
potenciais viciados e informando seus familiares ou instituições de apoio que
evitem a exploração deles por ilegais. Já a repressão facilita o controle dos
viciados pelos traficantes.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora as loterias e a venda de bebidas alcoólicas já
ocorram regularmente, a exploração controlada do jogo e do comércio de drogas
enfrenta oposição da opinião pública conservadora, manipulada pelos interesses
escusos dos beneficiários da exploração ilegal. Estes estão representados na polícia
e na política, posto que governantes e agentes da lei são pagos para proteger
áreas em que se desenvolvem atividades proibidas contra a repressão.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-53764347930090009572015-09-05T18:58:00.002-07:002015-09-05T18:58:25.847-07:00Política Científica Tropical<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma intervenção desejável do Governo na economia é o apoio
ao desenvolvimento da pesquisa científica. Entretanto, neste aspecto também, a
atuação do governo brasileiro, ao longo das últimas décadas, conseguiu
substituir o serviço do interesse público pelo da oligarquia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os dois instrumentos básicos da política científica, a
concessão de bolsas de estudos e o apoio a projetos de pesquisa se
transformaram gradativamente em mecanismos de simples desvio de renda. Para
isso, se utilizou a veneranda estratégia de fantasiar de critérios de mérito
critérios de simples reconhecimento de valores estabelecidos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As bolsas de estudos deixaram de ser dirigidas aos jovens
que demonstrem, pelo seu desempenho acadêmico, maior potencial de pesquisa, e
passaram a ser dirigidas aos programas
de pós-graduação mais bem avaliados. Por seu turno, os programas de
pós-graduação, assim como os pesquisadores e quaisquer outros proponentes de
projetos de pesquisa, são avaliados, não pela qualidade, mas, cada vez mais
exclusivamente, por dois indicadores: a quantidade de artigos publicados em
periódicos de renome internacional e a quantidade de títulos de doutor
concedidos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este segundo atributo dispensa maior análise. O poder de
conceder títulos e a qualificação para recebê-los são clássicos instrumentos de
preservação artificial das elites.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O outro é ainda mais perverso. Impõe uma atitude de
colonizado e induz uma aproximação com grupos de pesquisa estrangeiros que não contribuem para o desenvolvimento da autonomia na pesquisa. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não há dúvida de que os países emergentes têm de se voltar
para o exterior se quiserem fortalecer sua capacidade de pesquisa. Para isso,
usávamos dois mecanismos eficientes: o envio dos melhores estudantes para as
melhores universidades estrangeiras e a atração de pesquisadores estrangeiros
capazes de alavancar pesquisas nas nossas universidades. Com a exigência de
publicar no exterior, não nos fortalecemos em nada. Em vez de buscarmos a
excelência, o caminho fácil apontado por este indicador é a aproximação no
exterior com linhas de pesquisa secundárias e com grupos de pesquisa cuja
mentalidade etnocêntrica se compraz em satisfazer a necessidade de publicar dos
que se submetam à sua liderança.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ressalvo que esta ainda não é a regra geral. Eu mesmo, durante muitos anos desfrutei de bolsas de produtividade em pesquisa. Simplesmente porque os frutos menos importantes da minha atuação na Universidade me qualificavam para ter meus projetos aprovados e a comprovação dessa qualificação favorecia as instituições em que trabalhei. Isto foi um erro, na minúscula medida em que serviu de respaldo a um sistema errado. Erro que pretendo nunca mais repetir.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-33710390476820249142015-08-23T02:50:00.000-07:002015-08-23T02:50:45.479-07:00Livre para amarA minha fraqueza, a dor que me ameaça e a maldade das pessoas me prendem na culpa do passado, no medo do futuro e no isolamento dos meus semelhantes. Mas, o sobrenatural perdão do Jesus que me chama à filiação divina livra-me da culpa, a sobrenatural proteção do Jesus que me mostra a eternidade livra-me do medo e a sobrenatural paixão do Jesus que enfrenta a Cruz por nós livra-me do isolamento.Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-26909046243309602402015-08-17T03:57:00.000-07:002015-08-17T04:23:53.192-07:00Realismo Democrático<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pela terceira vez neste primeiro ano de mandato da presidente
da República, o Povo enche as ruas das cidades em um domingo para clamar contra
o governo. Merecendo, em grandíssimo grau, as qualificações de gigantescas,
pacíficas e espontâneas, essas manifestações nos enchem de orgulho da nossa
democracia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O foco das manifestações é o pedido de impeachment da
presidente, que reage acusando de golpismo a oposição. O presidente da central
sindical dominada pelo partido da presidente da República ameaça pegar em armas para defendê-la. Equívocos
compreensíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Argumenta a presidente com os milhões de votos que lhe deram
a vitória nas eleições. Não cabe contra-argumentar que as pesquisas de opinião lhe
dão agora uma aprovação próxima de zero. Mas, nem toda vitória eleitoral é
legítima. É exatamente o desrespeito à liberdade de manifestação da vontade
popular nas urnas que está levando agora o povo às ruas. Não se deve ver nas
manifestações a intenção de encurtar um mandato legítimo, mas a de anular um
mandato ilegítimo por ter sido conquistado pelo uso de recursos como os do
“petrolão” e das “pedaladas fiscais”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A cassação do mandato presidencial é um ato político que
deve levar em conta a conjuntura política e a realidade institucional. No
regime presidencialista, há que ponderar cuidadosamente ganhos e perdas de
manter ou depor um governo cuja autoridade se contesta. O custo da ruptura nas
práticas é alto. Assim como, no futebol, a gente torce para o pênalti roubado não entrar, mas não anula o jogo por isso, pode ser melhor para a democracia deixar a presidente levar
adiante, até o fim destes quatro anos, os malfeitos em que se envolveu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não há como evitar o risco de novas fraudes nas próximas
eleições, mas é possível reduzir o ganho esperado dos que manipulam o voto. Há
algumas leis anti-corrupção que poderiam ser aprovadas por maioria simples
antes das próximas eleições. Por exemplo, quarentena de ministros e secretários:
os ocupantes de cargo de primeiro escalão seriam proibidos de fazer parte do
governo seguinte. Com poder limitado no tempo, eles teriam menor possibilidade
de articular esquemas de corrupção. Ao mesmo tempo, os corruptores não poderiam
mais esperar recompensas compatíveis com as altas propinas pagas nos últimos
anos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra mudança que se poderia obter por lei ordinária é uma
reforma eleitoral para reduzir a necessidade de os governantes comprarem apoio
no Legislativo. Para eliminar a presença no Parlamento de políticos sem
representatividade, a regra eleitoral contaria, nas eleições proporcionais, só
os votos nos candidatos dos quatro partidos mais votados. Os partidos sem
aspirações políticas imediatas poderiam continuar a manifestar opiniões, contra
ou a favor do governo, mas, sem voto nas câmaras e assembleias e legislativas
para negociar apoios ilegítimos.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-27274575358715808642015-07-20T03:27:00.000-07:002015-07-20T03:30:59.347-07:00Os Políticos e a Atração do Mal<div style="text-align: justify;">
A Síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico em que a vítima de sequestro acaba por apaixonar-se pelo seu algoz. È uma manifestação de um fenômeno mais amplo, em que o frágil ser humano rende-se e passa à idolatria do Mal que deveria enfrentar. Acredito que isto aconteceu no Brasil com alguns participantes do Mensalão e do Petrolão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A polícia sucumbe à tentação de praticar os crimes que deveria inibir. Como esperar que os políticos encarregados de impor uma Constituição Solidária aos poderosos de uma colônia povoada por degradados não abuse do poder? A Lei do Mais Forte está sempre ocupando os terrenos baldios na alma humana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ciência política já estudou a mudança de perfil dos partidos, no processo pelo qual as correntes políticas evoluem no espectro de questões sociais e políticas que dominam o imaginário coletivo. Quando novos temas ganham destaque, os partidos que têm líderes carismáticos deslocam-se em reposta ao apoio econômico de lobbies com posições conservadoras em relação às novas questões. Essas posições se consolidam enquanto o debate personalista as escamoteia. Aos partidos que carreiam menos votos pelas virtudes percebidas nos seus líderes que pelas suas posições de princípio cabe apoiar as novas teses que contam com menor apoio dos mais poderosos no momento e perder as eleições.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isto torna preferíveis os sistemas eleitorais que pedem a escolha entre ideias e não entre pessoas. O voto em lista, a proibição de coligações, o regime parlamentarista têm esta vantagem, de diminuir a importância das qualidades pessoais dos políticos nas eleições. Outra vantagem decorre de que os eleitores tendem a buscar nas pessoas as virtudes erradas. Para um líder nacional, as virtudes realmente importantes são as teologais. Mas, a cultura dominante valoriza, em vez da fé, a capacidade de convencer, em vez da esperança, a disposição para dar vazão à ira, em vez da caridade, a inclinação por satisfazer predileções de grupos particulares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um parlamentarismo com mandatos não renováveis diminuiria o atrativo de corromper os governantes, pois estes, além de ter poder por pouco tempo, estariam sujeitos a serem substituídos a qualquer momento. Além disso, reduzir o número de cargos de livre nomeação e limpar o cipoal de regulação que turva os controles contribuiria para a transparência da gestão e a detecção dos favorecimentos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto isto não ocorre, louvemos as leis anticorrupção que já começaram a incomodar os facínoras. Mas, não poderemos nunca prescindir da cooperação internacional para aplicar os critérios de detecção do enriquecimento injustificado. E, no mundo em que vivemos, a exacerbação dos conflitos militares estimula o tráfico de influência e a proteção aos corruptos aliados. Apoiemos novamente os governantes corrompidos de hoje quando voltarem à Oposição, se tornarem a desempenhar o velho papel de denunciantes que os levou ao poder.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-17837018627433445432015-07-13T03:19:00.000-07:002015-07-13T03:19:05.546-07:00Um Discurso do Papa Francisco<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Comecemos por reconhecer que precisamos duma mudança. Quero esclarecer, para que não haja mal-entendidos, que falo dos problemas comuns de todos os latino-americanos e, em geral, de toda a humanidade. (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos.... E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco. (...) uma mudança que toque também o mundo inteiro, porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os problemas locais. A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença. (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sofremos de certo excesso de diagnóstico, que às vezes nos leva a um pessimismo charlatão ou a rejubilar com o negativo. Ao ver a crônica negra de cada dia, pensamos que não haja nada que se possa fazer além de cuidar de nós mesmos e do pequeno círculo da família e dos amigos (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vós, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito. Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover alternativas criativas na busca diária dos “3 T” (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabemos, amargamente, que uma mudança de estruturas, que não seja acompanhada por uma conversão sincera das atitudes e do coração, acaba a longo ou curto prazo por burocratizar-se, corromper-se e sucumbir. Por isso gosto tanto da imagem do processo, onde a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos. (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque «vimos e ouvimos», não a fria estatística, mas as feridas da humanidade dolorida, as nossas feridas, a nossa carne. Isto é muito diferente da teorização abstrata ou da indignação elegante. Isto comove-nos, move-nos e procuramos o outro para nos movermos juntos. Esta emoção feita ação comunitária é incompreensível apenas com a razão: tem um plus de sentido que só os povos entendem e que confere a sua mística particular aos verdadeiros movimentos populares (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conheci de perto várias experiências, onde os trabalhadores, unidos em cooperativas e outras formas de organização comunitária, conseguiram criar trabalho onde só havia sobras da economia idólatra. As empresas recuperadas, as feiras francas e as cooperativas de catadores de papelão são exemplos desta economia popular que surge da exclusão e que pouco a pouco, com esforço e paciência, adota formas solidárias que a dignificam (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo – graves males dos nossos tempos que requerem uma ação internacional coordenada – vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e muitas vezes tornam as coisas piores (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A concentração monopolista dos meios de comunicação social que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural é outra das formas que adota o novo colonialismo. É o colonialismo ideológico (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até o crime e a violência se globalizaram. Por isso, nenhum governo pode atuar à margem duma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva, temos de assumir humildemente a nossa interdependência (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vemos, com horror, como no Oriente Médio e noutros lugares do mundo se persegue, tortura, assassina a muitos irmãos nossos pela sua fé em Jesus. Isto também devemos denunciá-lo: dentro desta terceira guerra mundial em parcelas que vivemos, há uma espécie de genocídio em curso que deve cessar (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Isto disse Francisco, dia 9 último, em Santa Cruz de La Sierra. Leiam o texto integral em </b><span style="font-size: x-small;">http://pt.radiovaticana.va/news/2015/07/10/discurso_do_papa_aos_movimentos_populares_(texto_integral)/1157336</span></div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-27239530675972772362015-07-07T18:21:00.000-07:002015-07-07T18:21:28.634-07:00A Tragédia Grega<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O governo de esquerda na Grécia
convocou um plebiscito para decidir sobre a proposta de negociação dos credores
da sua dívida externa. No plebiscito, os eleitores apoiaram a posição do governo,
mas a simples convocação do plebiscito acentuou o agravamento da crise
econômica do país.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direita, Esquerda e Centrão são
conceitos moldados desde a Revolução Francesa para caracterizar as forças
políticas. A Direita ouve as elites, o grande empresariado, a grande Imprensa,
o aparelho do Estado e conduz a massa, impondo sua liderança pela força ou pelo
engano. A Esquerda procura ouvir o Povo, decifrar seus interesse legítimos e atingir os objetivos que emergem da
consciência que ele atinja dos seus próprios interesses. Enquanto essa
consciência não se forma, quem acaba decidindo é o Centrão, formado por
políticos mais próximos da massa, uns representando ora o perfil conservador da
classe média, outros empolgados por uma ou outra bandeira mais progressista,
mas, todos caracterizando-se pela dificuldade de alcançar a dimensão mais
profunda dos problemas políticos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O confronto entre Direita e
Esquerda, decidido na Democracia pelo Centrão, é, na visão Marxista, um aspecto
de um conflito mais fundamental entre Capital e Trabalho, entre as lideranças econômicas
e os empregados. Mas, a visão estritamente política desse confronto é válida
por si mesmo. A questão é se é melhor
para o progresso do país que seja este conduzido pelas lideranças da direita
que não ouvem ou apenas fingem ouvir a massa ou pelas da esquerda que esperam a
conscientização da massa para avançar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O problema da opção pela direita
é que as elites acabam por substituir o interesse nacional pelo seu próprio
interesse. O problema da esquerda é que seus líderes legítimos têm de avançar muito
devagar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro vício, entretanto, aflige a
esquerda. É o esquerdismo. Um desvio de direita pelo qual os líderes da
esquerda trocam o objetivo de obedecer à vontade do povo pelo de fortalecer a
sua liderança. No jargão militar, subordinam seus objetivos estratégicos ao
objetivo tático do momento. Foi isto que
ocorreu na Grécia. O partido de esquerda convocou um plebiscito para
fortalecer-se, enfraquecendo seu povo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os aspectos técnicos da
negociação da dívida grega deveriam ter sido deixados há muito a critério de
especialistas. A Democracia precisa de barreiras que protejam as decisões
econômicas da influência do conflito pelo poder entre as facções políticas. No
Brasil, vivemos uma situação semelhante. Erros do passado levaram à urgência de
um ajuste fiscal. A administração do ajuste precisa de rapidez e eficiência que
são prejudicadas pela interferência da política.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A crise grega ensina que nem
Direita nem Esquerda são opções realmente progressistas. O debate político e a
alternância do poder por eleições democráticas protegem-nos do arbítrio - e
isto é da máxima importância – mas, não nos protegem da incompetência. Os
governos de esquerda, tanto quanto os de direita, são sujeitos a corrupção e
seus líderes erram tanto quanto os do Centrão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Povo deve ter o poder de mudar
os governantes e os legisladores. Mas, assim como as decisões técnicas do dia a
dia da aplicação das leis são entregues a juízes controlados por corregedores e
tribunais superiores, as decisões quanto à execução das políticas de governo
deve caber a especialistas. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As grandes propostas do governo
eleito deveriam ser consubstanciadas em projetos e a decisão quanto a
viabilizar esses projetos deveria ser objeto de julgamento de comissões de
especialistas. Agências de proteção do meio ambiente, do patrimônio cultural,
das minorias étnicas, etc., deveriam especializar-se em avaliar tais projetos conjuntamente
com representantes dos ministérios. Concluída a seleção dos projetos
prioritários, sua execução até o final deveria ser obrigação de todos os
futuros governos e objeto de fiscalização tão somente dos tribunais de contas
quanto à legalidade dos atos praticados pelos executores e sua fidelidade aos
objetivos aprovados.</div>
Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5806810111634210406.post-13820548947082644862015-05-08T10:42:00.000-07:002015-05-08T10:47:40.264-07:00A Crise Política<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Otimista como sempre, vejo na
tragédia do PT a oportunidade de um passo à frente para a democracia do Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT uniu as esperanças dos
decepcionados com a burrice, o egoísmo e o autoritarismo da nossa classe
política. A descoberta do envolvimento das mais variadas figuras dos governos
do PT em escândalos de corrupção sem precedentes destruiu essas esperanças.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Coloca-se a questão: surgirá, em
substituição ao PT outro partido que, sob renovadas regras eleitorais, possa
vir a conquistar o poder para defender os pobres e não para encher os bolsos
das suas lideranças? Ou sempre haverá financiadores de campanha articulados para
conseguir contratos vantajosos dos eleitos, os quais, por seu turno, sempre
colocarão acima de tudo suas ambições de riqueza e poder?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É claro que nem todos os financiadores
de campanha são corruptores e nem todos os candidatos são corruptíveis. Mas, é
possível crer que os honestos algum dia ganhem eleições? Toda evidência é no
sentido contrário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além das pessoas, também os
métodos disponíveis não prometem nenhum sucesso em direção a eleições limpas.
Financiamento público não reduzirá a importância do Caixa 2 nas campanhas. Voto
em lista não fará diferença se as pessoas na lista, e não os programas dos partidos, é que contarão para o eleitorado...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A tragédia do PT é a tragédia do
regime. E não se diga que o regime militar seria a solução. A História também
mostra que quanto mais poder concentrem os governantes, mais corrupção. E regimes
autoritários, pela maior carência de crítica, só podem errar mais que os que se
dizem democráticos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu acredito em apenas uma saída da presente
situação. Heroica, mas, não violenta. Baseia-se em reconhecer nossas limitações. Combatamos
os efeitos das falhas de caráter dos políticos limitando seus poderes. De outro
lado, combatamos a fragilidade dos eleitores dando-lhes mais oportunidades de corrigir
suas escolhas. Podemos avançar nessas duas direções com o parlamentarismo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, um parlamentarismo como
nunca houve aqui. A presidente com poder para dissolver o ministério e pedir aos parlamentares um novo primeiro ministro e também com poder para antecipar as
eleições para o Parlamento a qualquer momento. E sem recondução no Executivo:
eleito um novo Legislativo, ninguém que foi ministro em algum momento dos
últimos dois anos poderá fazer parte do ministério pelos próximos dois anos. </div>
<span style="text-align: justify;">Em um país de 200 milhões ninguém
é insubstituível. Se quiserem manter o atual sistema eleitoral, os
representantes do povo podem continuar a ser reeleitos à vontade para as
funções legislativas. Mas, rotação nas funções do Executivo para permitir que
erros e malfeitos sejam mais discutidos, corrigidos e execrados.</span>Há Governo?http://www.blogger.com/profile/08712021578302569573noreply@blogger.com0